Quarta internacional

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sábado, 23 de janeiro de 2016

Racismo na FGV de São Paulo

Os usuários do CAPS Itapeva, um dos maiores e mais conhecidos de São Paulo, utilizavam semanalmente a quadra desportiva do campus da FGV em São Paulo, isso desde 2012, por intermédio da gestão da Atlética, que gentilmente cedia o espaço para que os pacientes psiquiátricos pudessem jogar futebol.
Ocorre que no dia 10 de Janeiro os funcionários do CAPS, responsáveis pela atividade, foram chamados pela direção da universidade para serem informados de que não teriam mais acesso ao espaço. Várias alegações foram apresentadas, nenhuma delas realmente pertinente.
O que mais saltou aos olhos, no entanto, foi ouvirem da direção que um aluno reclamou de ter sido abordado por um negro que lhe pediu um cigarro. Sim, é de pasmar, a direção da universidade teve a cara de pau de dizer isso.
Para os que não são de São Paulo, é importante pontuar que a FGV é uma fundação notadamente elitista. Os usuários e funcionários do CAPS estão revoltados com a atitude racista e segregadora da universidade e prometem se organizar para denunciar o caso, bem como para garantir novamente o direito de acesso à quadra, que era cedida pelos estudantes organizados na Atlética da instituição. Contra qualquer gesto de racismo particular ou institucional, nos posicionamos em defesa dos pacientes psiquiátricos, diga-se de passagem, vítimas históricas de preconceitos e perseguição.



* CAPS- centro de atenção psicossocial

Um comentário:

  1. A luta contra o racismo e todos os preconceitos deve ser uma bandeira de luta permanente!!! Este "vírus" mata muito mais do que a dengue.....

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