Quarta internacional

Quarta internacional

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Nem Temer nem golpista algum!


O duro é que o próximo na sucessão presidencial é o maldito do Botafogo, ele mesmo, Rodrigo Maia, que fica encarregado de convocar eleição indireta no prazo de 60 dias. Muito provavelmente elegerão um picareta para assumir o cargo, e, o que é pior, os picaretas a serviço do Tio Sam saem na frente pra assumir o posto deixado por Temer.

Já vínhamos apontando para essa sucessão, que está se desenhando desde o início do golpe e que parecia arrefecer nas últimas semanas. Agora surge uma bomba difícil de ser abafada pelo grupo de Temer. Azar o dele, claro. Quem mandou ser corrupto, não é mesmo? O problema, repetindo, é que esse congresso recheado de picaretas não vai eleger alguém com dignidade para ocupar a vaga. E o sistema não vai restituir a presidência a quem democraticamente se elegeu para o mandato.
 

O único bom auspício nessa história é a possibilidade de se travar as votações das reformas no congresso. Um governo notoriamente corrupto não tem moral alguma pra passar reformas tão significativas. Já não tinha moral por ser ilegítimo e golpista. Continuou sem moral por agir à revelia da vontade popular. Agora vem à tona o que todos já suspeitavam, Temer é tão picareta e cínico quanto o inescrupuloso Cunha.
 

Que Brasília venha abaixo com a fúria das massas. Do contrário, amargaremos mais um ano e meio de arbitrariedades. Somos pela volta da presidente eleita Dilma Rousseff; não por acordo político-programático mas por pensar que seria o mais correto diante de um impeachment sem crime de responsabilidade. Mas a palavra de ordem de Diretas Já também é legítima e pode ser uma bandeira de unidade das forças progressistas no país.

* Mário Medina / Tendência Revolucionária -Psol

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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Vamos aos fatos

Não adianta tentar pegar o Lula em contradição, dar mandado de condução coercitiva, enfim, todo esse jogo de cena. Isso só serve pra espetacularização da mídia golpista. Se não tem provas, não tem ilícito. Qualquer Zé Mané sabe disso.
Agora, e isso é pertinente apontar, pra Sérgio Moro isso não é problema. O congresso nacional votou um impeachment sem crime de responsabilidade; quer maior desconsideração da lei e do direito que essa?! A própria LavaJato é uma sucessão de violações aos direitos. Esses caras vão dar um jeito de pegar o Lula. Sem provas, só com convicção. E o episódio em questão vai entrar para um longa lista de irregularidades de um poder que em tese seria o maior responsável por zelar pelo pleno cumprimento da justiça.
Pra ser juiz é só se formar bacharel em direito e prestar concurso público, né. É simples, sem eleição, sem ter de se submeter ao crivo do voto. O sujeito vira um semi-deus, excelência. E pode vender votos, sentenças, pode ajudar o partido do coração e pode aderir ao fascismo da vulgaridade coxinha. Aí vira herói do brasileiro médio reacionário e burro. Pronto. Pode até sair candidato a presidente.
O duro é ver que os petistas religiosos acham que dá pra superar isso elegendo Lula ano que vem. Mas e se não tiver eleição ano que vem? E se queimarem a candidatura do cara? Tá ok, se ainda sim ele for eleito, qual será sua agenda na presidência? A petistada acredita mesmo que Lula guinaria à esquerda, coisa que não fez em oito anos como presidente?
Quem acredita em Moro é estúpido, verdade. Mas quem acredita em Lula tá quase lá. Não dá pra abdicar da inteligência e encapar o queremismo, o messianismo ou qualquer destas soluções rasas. É preciso ir à raiz dessa desgraça toda. E essa desgraça toda é sistêmica, estrutural. Só se muda por fora. Não é possível regenerar por dentro.
A esquerda moralista também não aprendeu essa lição ainda. Se dizem socialistas mas estão muito confortáveis com suas cadeiras no parlamento burguês. Só o socialismo, o comunismo, pra ser bem claro, trará solução definitiva. Sem fetiches, sem meias verdades.                    

*Mário Medina / Tendência Revolucionária - Psol

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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Os cães ladram e a caravana passa

Nenhum político profissional é insubstituível no tabuleiro da democracia burguesa. Essas figuras são marionetadas por força muito superior ao que representam suas personalidades e trajetórias. O grande capital é o dono da situação, é quem paga a banda e escolhe a música. Ninguém está imune a ser corrompido.

A grande maioria dos atores políticos entra nesse mundo justamente pra isso. Não se trata de dever cívico, vocação para a política. Trata - se de interesses pessoais, altos salários, oportunidades a perder de vista num mundo de lobbys e propinas. O sujeito presta um serviço de testa de ferro, de laranja, porque é o capital que está acima de tudo, que manda e desmanda, que coopta elementos para dispensá - los quando assim o aprouver.

Isso aconteceu com Eduardo Cunha no ano passado, pouco depois de ter sido um dos principais articuladores do golpe; e isso acontece agora com José Serra, por exemplo, poucos meses depois de articular a entrega do pré - sal às corporações estrangeiras. Agora o sujeito é queimado em cadeia nacional por delatores da Odebrecht e em pouco tempo será mais um pária, um renegado, e cederá terreno a outro entreguista a serviço dos interesses imperialistas. Como Alckmin e Aécio caminham no mesmo rumo do descarte, o mais provável é que o próximo a ser convocado à presidência seja João Dória, bem ao estilo outsider, como Trump nos EUA. E virá com aquela conversa fiada de que é gestor e não político. E vai querer privatizar o que encontrar pela frente.

Está claro como em dia de sol aberto e céu limpo que o plano do imperialismo é queimar a candidatura de Lula para abrir caminho a alternativa abertamente neoliberal, pra avançar no ajuste fiscal e rifar conquistas sociais. Tudo para que o mercado seja escancarado às corporações americanas e que o erário público brasileiro continue religiosamente destinado ao rentismo.

Moral da história: muda - se os picaretas profissionais que encenam a farsa democrática mas a picaretagem é a mesma de sempre. Por isso a importância de apontarmos para um horizonte estratégico revolucionário. Só a revolução e o socialismo porão a termo essa lógica perversa para em seu lugar implantar algo diametralmente oposto. Por isso a importância de romper com o petismo e tudo o que ele representa, romper com os reformismos e ir na raiz de todo esse sistema de injustiças.

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CRIAR PODER POPULAR!

A atual crise política brasileira, crise de representatividade, de corrupção sistêmica e institucionalizada, é a prova cabal de que só o advento de uma revolução socialista a implantar uma democracia direta em esquemas de conselhos populares seria capaz de livrar o país do peso secular que nos impede o pleno desenvolvimento de nossas capacidades.
O estado brasileiro, desde seu início, foi aparelhado por castas políticas que serviam a interesses externos, e nas poucas vezes em que se desenhou alguma autonomia foi submetido a golpes para que voltasse a satisfazer plenamente os desejos dos donos da situação, seja a metrópole portuguesa quando ainda éramos colônia ou os imperialismos britânico e norte-americano, este último interferindo em praticamente tudo o que se passou por aqui nos últimos três quartos de século. Estamos padecendo por uma estrutura secular de desigualdade e subdesenvolvimento, miséria e alienação. E a depender da classe política que temos, do judiciário servil às elites e da tacanha e nada nacional -desenvolvimentista burguesia que temos, permaneceremos estagnados, dependentes da flutuação do mercado internacional de commodities e amargando altos índices de desemprego,  vulnerabilidade social, violência e todo tipo de mazelas comuns ao grave estágio de decadência ao qual estamos atirados desde sempre.
Aliado à frações da burguesia nacional e surfando na onda de um período mais promissor aos países emergentes, o PT cedeu migalhas em sua gestão presidencial e até antes da crise de 2008 chegar violenta ao Brasil, logrou ceder poder de compra à população, limitado a produtos específicos, verdade seja dita, mas algo inédito até então dentro das expectativas das parcelas mais carentes da sociedade, para logo em seguida retirar direito por direito conquistas sociais e trabalhistas. Por sua ligação com os sindicatos e movimentos populares e vítima de um preconceito com as elites que não o aceitaram apesar dos serviços prestados, o PT foi duramente apeado do poder para abrir caminho a uma camarilha abertamente pró - mercado financeiro e incumbida de passar todo tipo de retrocessos, uma agenda violentíssima de ataques aos trabalhadores e aos programas sociais, o que já tem jogado parcela considerável da população na miséria novamente e vetado importantes mecanismos de inclusão social que poderiam garantir alguma dignidade apesar da crise.
A experiência com o PT foi dura para o povo, que nutria esperança no partido e que o viu aderir ao carcomido  esquema de poder baseado em alianças com o pior tipo de gente possível, ceder às chantagens, e, por fim, não resistir ao golpe, entregando o poder de bandeja aos contumazes estelionatários que agora se vêem à frente da situação. Tudo parece concorrer à conclusão que agora apontamos: não há diálogo possível com os poderosos, não há aliança razoável a estabelecer com eles. As duras atribulações a que fomos expostos nos levam a concluir que a solução é derrubar esses desgraçados de seus postos e assumir o poder, para que o próprio povo brasileiro, a frente da situação, faça por onde reordenar a economia de acordo com seus reais interesses, expropriando quem há séculos nos expropria e redistribuindo com justiça o que é fruto de nosso trabalho. Não há mais espaço para falsas alternativas, esperanças que não são nossas. Só o povo no poder vai fazer reforma agrária, vai estancar a sangria do pagamento da dívida pública e reverter verba para que os serviços públicos funcionem com excelência. A tarefa revolucionária no Brasil cabe à classe trabalhadora, e é exclusiva e inalienável.
O momento agora é de sistemática denúncia das arbitrariedades promovidas por esse desgoverno, ao mesmo tempo que apontamos para a necessidade de transição ao socialismo, com pautas de diminuição da jornada de trabalho e pleno emprego, salário mínimo vital com reajustes automáticos de acordo com a inflação, planos de obras públicas com controle operário, democratização da mídia e fim das polícias.            

CRIAR PODER POPULAR!                    



Imagem de comício na Praça da Sé. Greve geral de 1917Resultado de imagem para greves, imagens

sábado, 7 de janeiro de 2017

2017, que seja de lutas!

2017 começou como ano de incertezas para o cenário político e macroeconômico. A recuperação econômica do pós crise é extremamente pífia e insuficiente para gerar boa expectativa à população. É que o brasileiro em geral é otimista. As condições sócio-históricas ajudaram muito o brasileiro a desenvolver essa característica. País semi-colonial, de economia majoritariamente agrícola e de abissais desigualdades sociais, o Brasil é lugar de gente que não desanima por pouca coisa. Parodiando as palavras de Euclides da Cunha em Os Sertões, o brasileiro é antes de tudo um forte.

Mas não é de subjetividades que se nutre um estômago humano. A miséria material ganhou corpo com a crise econômica que nos assolou. Muitas famílias voltaram à índices de extrema pobreza ou miséria. O poder de compra conquistado no período anterior desvaneceu, o endividamento cresceu, o desemprego chegou à níveis inacreditáveis. O povo perdeu com a crise.

A burguesia tirou o seu da reta. Os capitalistas preferem demitir em massa a perder uma nesga de sua margem de lucro. E o governo, como não podia deixar de ser na lógica da democracia burguesa, esquece do povo e governa para atender aos interesses dos patrões.

Triste situação a do povo brasileiro! A inflação ameaça um recuo, pequeno, mas um recuo, às custas de uma taxa de juros hiperbólica. A depender da burguesia nacional e de nossa classe política picareta, esse país não alcança o desenvolvimento nunca. A elite brasileira é parasitária. Se ao menos tivéssemos uma burguesia interessada no progresso da economia, no desenvolvimento. Absolutamente, não é disso que se trata no Brasil. Os capitalistas daqui estão mais interessados em viver de juros da dívida pública. E a agiotagem come solta, institucionalizada. Quase metade do orçamento da união é revertido para a farra dos especuladores dos títulos da dívida. 2016 levou cerca de 600 bilhões de reais aos bolsos dessa meia dúzia de famílias que parasitam o estado brasileiro.

Dinheiro que deixa de ir para a construção de escolas, hospitais, habitação popular, etc. O brasileiro se mata de trabalhar o ano todo, com medo do desemprego, temendo a inadimplência, correndo contra o relógio para prover o sustento da família; e enquanto isso os parlamentares em Brasília se rasgando para passar a PEC 55 que estagna por 20  anos os recursos orçamentários, tudo em função de garantir superávit fiscal. Trocando em miúdos, tiram da esmagadora maioria para financiar os bons vivants que financiam suas gordas campanhas eleitorais.

A Rede Globo não fala disso. Os comentaristas de economia da imprensa não tocam nesse assunto. Tratam do serviço da dívida como se fosse a coisa mais natural do mundo. Bradam a necessidade de reformas como a trabalhista e a previdenciária e dizem que só assim se consegue credibilidade e investimentos. É o Brasil mais refém do que nunca a essa camarilha de usurpadores que vivem de ludibriar as pessoas simples.

Mas nós não nos dobramos! A esquerda brasileira, os movimentos sociais combativos, estarão nas ruas e nas manifestações, nas greves, nos piquetes, garantindo que haverá resistência aos golpistas, que a classe trabalhadora não aceitará retrocessos. 2017 tende a ser um ano turbulento para quem se propõe a fazer revolução, aos que não estão dispostos a se curvar ao senso comum e à miséria.

Queremos salário mínimo vital de acordo com o valor do DIEESE, cerca de R$4,000, com reajustes mensais de acordo com a inflação do período, para garantir o sustento das famílias operárias, queremos redução da jornada de trabalho sem redução de salários, queremos emprego, saúde, educação, moradia, saneamento básico, segurança decente, sem uma polícia assassina e a serviço dos poderosos. Queremos igualdade, respeito, queremos participação política de verdade nos rumos da nação. Contra as privatizações, pela prisão dos vende-pátria, pela democratização da mídia, pela reforma agrária!

sábado, 7 de maio de 2016

O PT só capitulou

                                         por Mário Medina
A notícia do momento no planalto é a insistência de membros do governo para que a presidente Dilma renuncie ao cargo e convoque novas eleições. Agora, na iminência da admissão do pedido de impeachment no senado, o que afastará Dilma da presidência por um período de seis meses, para posteriores investigações e julgamentos, o núcleo duro de Dilma pretende convencê-la a desistir do mandato convocando o povo às urnas novamente. Essa seria a última cartada petista diante do golpe e recolocaria Lula no páreo. Antecipariam assim um quadro que já estaria praticamente dado pra 2018: Luís Inácio candidato ao planalto, o último baluarte petista no sonho de permanecer como governo.
Lançar mão de novas eleições agora também seria uma forma de candidatá-lo à presidência antes que fosse preso. Os observadores mais perspicazes já perceberam que a jogada da oposição de direita é criminalizar Lula e inviabilizá-lo eleitoralmente.
Há dois, três meses atrás eu dava como certa a resistência petista diante da ofensiva golpista. Para mim era tão certo como dois e dois são quatro que o PT colocaria a massa dos movimentos sociais na rua pra impedir o avanço do impeachment.
Mas o PT capitulou vergonhosamente. Verdade seja dita, capitular é tudo que o PT tem feito no último período. Capitulou à mentira descarada pra levar a eleição presidencial de 2014, capitulou aos desejos do mercado financeiro e elevou a taxa de juros antes da primeira semana da vitória nas urnas, continuou capitulando aos propósitos elitistas e efetuou retrocessos o quanto pôde para agradar às elites e evitar ser destituído do poder por elas.
Agora, quando finalmente a agudez da conjuntura prometia inclinar o PT a tomar medidas de força pra se garantir, vejam só, este desiste do enfrentamento e capitula à alternativa mais covarde. Tudo indica que o PT mais uma vez se renderá ao mais convencional cretinismo.
Enquanto isso, longe dos acordões de gabinete e das opulentas mesas de negociação brasilienses, o povo amarga uma taxa de desemprego que ultrapassa os dois dígitos. São mais de 10 milhões de desempregados correndo contra o tempo, milhares de famílias contorcendo suas rendas pra não cair na inadimplência, no cheque especial, nos juros escorchantes dos cartões de crédito. Enquanto Dilma dispõe dos últimos dias como presidente, enquanto Temer se vê às voltas com todo tipo de político picareta se postulando a alguma pasta ministerial, enquanto isso, pasmem, companheiros, o povo pobre se mata de trabalhar pra conseguir pagar as tarifas impostas pelo oneroso sistema neoliberal em que vivemos.
Não podemos esperar mais nada do PT, que padece em severa agonia. Tampouco podemos imaginar que as coisas serão mais fáceis daqui pra frente. O jeito é se preparar pro choque que será o governo Temer, em que teremos de combater duramente por nossos direitos.

sábado, 16 de abril de 2016

POR UM PARTIDO INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA.

por Aldo Santos 

1. O nosso planeta está com mais de 7 bilhões de habitantes, numa escala crescente da riquezas nas mãos de poucos, e, em contrapartida, a disparidade entre ricos e pobres é visceralmente oposta ao desejo de um mundo justo, digno e solidário entre as pessoas. 2. Com a atual estrutura de fatiamento geográfico do globo em dezenas de países expressa-se a máxima de dividir para governar e com isso se impõe o domínio econômico e de classe, com o predomínio e a existência de impérios ao longo da existência dos homens no planeta. 3. A forma de superar o imperialismo é organizar democraticamente a nossa classe em nível mundial para superar as fragilidades regionais, redirecionar as economias solidariamente, avançar nas relações comunistas que deve orientar as ações dos lutadores e de toda classe em escala mundial. 4. O Capitalismo através de seus mecanismos impositivos constitui países, compõe blocos econômicos e áreas de livre comércio para manter o domínio econômico e consequentemente o domínio de classe. 5. O domínio econômico historicamente já se manifestou na guerra do fogo, nas guerras tribais, nas colonizações, nas matanças de povos nativos, nas guerras religiosas, nas guerras convencionais, na guerra fria, nas guerras virtuais, além das propagandas ideológicas e a busca de hegemonias dilacerantes. Em contra partida, países periféricos continuam sem o básico e ainda são obrigados a drenarem suas riquezas naturais para os países centrais ao preço que eles querem, submetendo os países dependentes a “eterna escravidão”. 6. Essa estruturação deve ser alcançada através das lutas concretas e das mediações necessárias até a tomada do poder por nossa classe em escala mundial. É uma combinação da ação horizontal em constante verticalização de forças e estruturação dos trabalhadores, fortalecendo cotidianamente os nossos objetivos e a nossa estratégia revolucionária rumo ao poder da classe trabalhadora que não deve se limitar à fronteiras geográficas existentes. 7. Essa organização terá como alicerce programas e princípios com estratégia de luta sempre a partir dos interesses da classe trabalhadora, que inicialmente poderá se organizar num determinado lugar com adequações táticas, sem perder a concepção estratégica do poder da classe. A base do nosso programa deve ser anti-imperialista, anticapitalista, rumo ao comunismo científico. 8. São inúmeras as referências Bibliográficas de que a classe trabalhadora é internacional. O chamado contido no manifesto comunista “trabalhadores do mundo inteiro Uni-vos,” soma-se a outros chamados e apelos a essa necessidade organizacional imperiosa. 9. Reafirmamos esse chamado por entendermos que de fato essa é a mais urgente realidade que se impõe, buscando construir estrategicamente um Partido internacional da Classe Trabalhadora, dentro dos princípios norteadores da luta de classe, debatido e aprovado pelo conjunto dos trabalhadores unidos mundialmente em torno desse almejado objetivo. 10. No âmbito da elaboração marxista, criaram as internacionais Comunistas como forma de irradiar pelo mundo determinados elementos táticos e estratégicos, buscando organizar e influenciar a classe muitas vezes sem a devida mediação diante da realidade em determinados países. 11. É preciso criar um instrumento forte e centralizador de nossa luta que explicite a coesão necessária para se contrapor a ordem capitalista que além do conjunto das ideias dominantes, dirige e controla mundialmente os seus seguidores e aposta na fragmentação dos trabalhadores dispersos nas mais varias tendências políticas diluídas em centenas de países como forma de manter o poder. 12. Mesmo diante desse objetivo central hoje materializado nas internacionais e nas federações existentes no mundo do trabalho em âmbito sindical, popular e estudantil, não encontra correspondência no âmbito partidário que muitas vezes são criados para atender interesses imediatos em determinados municípios, estados e em nível federal. Na prática são balcões de negócios instituídos para atender interesses de grupos econômicos que se traduzem nos interesses e disputas políticos partidária focados e determinados, transformando o público em privado.

13. A criação dessa ferramenta dialogará em todas as partes a partir de princípios que leve em conta os direitos dos trabalhadores que lutam por uma nova ordem econômica, com objetivos antagônicos aos existentes na sociedade capitalista. 14. Hoje nos comunicamos através de ferramentas virtuais em dimensão internacional correspondente a dita globalização que nos impõe a necessidade utiliza-las para dentro e fora da nossa aldeia global. 15. Essas leituras devem ser efetuadas e as instâncias produzirão novos parâmetros em base a novos paradigmas, necessários ao mundo em permanente transformação. 16. Devemos estabelecer uma estrutura verticalizada com direções rigorosamente centralizadas pela classe tendo como ponto de partida as bibliografias e experiências concretas descritas nos clássicos reverenciados pelo conjunto da classe trabalhadora.